Robôs que limpam lojas, assistem clientes ou repõem iogurtes? Pode parecer ficção científica, mas é a realidade da MC, que tem apostado forte em automação e robótica colaborativa para melhorar as operações e oferecer experiências de compra diferenciadas.
“A MC tem-se posicionado na vanguarda do setor do retalho no desenvolvimento e adoção de soluções inovadoras de automação e robótica colaborativa nos entrepostos, mas também nas lojas e até nas operações de frente de loja e assistência ao cliente”, afirma Marlos Silva, responsável de inovação da MC. Os exemplos não faltam, desde robots que preparam caixas de pescado fresco nos entrepostos, aos robots autónomos que limpam várias lojas, passando pelo Foodie, um robot de assistência ao cliente no Food Lab, que informa, serve degustações e torna a experiência no Food Lab mais memorável, sem esquecer a célula de despicking para a receção de fluxos de produtos frescos.
“Estas iniciativas refletem o forte compromisso da MC em integrar tecnologias avançadas para melhorar as operações, aumentando a eficácia e oferecendo uma experiência de compra diferenciada”.
Mas os benefícios não são apenas tecnológicos. Para a MC, a inovação tem também um lado humano claro: melhorar o dia a dia dos colaboradores. “Temos uma grande preocupação com o bem-estar dos colaboradores, especialmente em questões relacionadas com a saúde e segurança no trabalho. As soluções de automação e robótica implementadas têm como principal objetivo libertar os colaboradores das tarefas mais repetitivas ou fisicamente exigentes, para que possam dedicar-se a outras funções de valor acrescentado, como a assistência e o suporte ao cliente.”
O impacto tem sido positivo: processos mais ágeis, tarefas com maior precisão e uma produtividade geral em crescimento. “Os resultados têm sido muito positivos e já apontam para uma melhoria substancial na eficiência dos processos”, afirma.
A MC também está a explorar o potencial da inteligência artificial e visão computacional nos armazéns, com projetos-piloto em andamento. “Estamos a desenvolver alguns testes que combinam visão computacional e inteligência artificial para melhorar a eficiência nos nossos armazéns. Estamos muito entusiasmados e acreditamos que este passo futuro contribuirá para melhorar a produtividade e os resultados nas operações.”
Uma das inovações é o Mural Vertical de Frio com auto-reposição, desenvolvido com a Universidade do Minho e a Jordão. “Pretende automatizar a reposição de produtos de alta rotação, como os iogurtes”, explica. Sensores detetam a falta de produtos e desencadeia a sua reposição, através da recolha robotizada num stock de produtos adjacente ao mural.
A MC esteve recentemente em destaque com a inauguração da maior loja autónoma do mundo, desenvolvida com a Sensei: o Continente Bom Dia Leiria São Romão. Quisemos saber se o sistema também está a ser equacionado para funcionar nos armazéns. “Tratam-se de dois processos distintos”, explica. “Ambos utilizam tecnologia com objetivos diferentes. Nas lojas, o propósito é melhorar a experiência dos consumidores e nos armazéns, o foco é a eficiência logística e a otimização dos processos. A loja autónoma e os armazéns apresentam necessidades específicas, apesar de ambos beneficiarem de automação e de soluções inteligentes”.
O caminho está traçado: mais automação, mais eficiência e mais colaboração. “Estamos comprometidos em servir cada vez melhor os nossos clientes, o que nos motiva e desafia a inovar continuamente, não apenas nas nossas operações, mas também em toda a cadeia de valor, envolvendo parceiros e fornecedores. A automação representa um grande potencial para auentar a eficiência em diversas tarefas.”
O investimento será estratégico, com foco em produtividade e exploração do potencial total da tecnologia. Se há algo que fica claro é que o futuro do retalho – nos bastidores e à frente do cliente – já começou. E, na MC, esse futuro tem circuitos, sensores… e muita visão.
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