A Advanced Packaging Association (APA) e várias empresas da indústria de carne finlandesa - Atria, HKFoods e Snellman - uniram-se para defender a importância da funcionalidade das embalagens no debate em torno do novo regulamento europeu sobre embalagens e resíduos de embalagens (PPWR).
As entidades signatárias alertam que, embora o PPWR estabeleça objetivos ambiciosos em matéria de reciclabilidade, também gera preocupação quanto ao futuro de materiais considerados essenciais para determinadas utilizações, como a poliamida (nylon), um componente habitual nas embalagens de alimentos. Segundo os promotores da iniciativa, a poliamida desempenha um papel fundamental na segurança alimentar, no prolongamento da vida útil dos produtos e na redução do desperdício alimentar. Além disso, as suas propriedades mecânicas e compatibilidade com sistemas de processamento de alta velocidade facilitam a automatização e a eficiência operacional na embalagem. A eliminação deste material poderia causar consequências ambientais indesejadas, como um aumento da deterioração dos alimentos e da pegada de carbono associada.
“Uma embalagem eficiente é o guardião silencioso da nossa cadeia alimentar e dos nossos objetivos de sustentabilidade”, afirmou Paul Neumann, presidente da APA. “Para fazer progressos reais, a inovação em termos de reciclabilidade deve ser acompanhada de funções essenciais que mantenham os alimentos seguros e reduzam os resíduos. Só integrando ambos os aspetos é que podemos oferecer soluções que beneficiem as pessoas e o planeta".
Há anos que empresas finlandesas como a Atria, a HKFoods e a Snellman desenvolvem soluções de embalagem avançadas que reduzem significativamente a utilização de plástico sem comprometer a segurança e a qualidade dos produtos. Cada refeição tem um longo percurso desde o campo até ao prato. As soluções de embalagem inteligentes ajudam a proteger essa viagem e a garantir que os alimentos chegam frescos e seguros. A embalagem de carne picada é um bom exemplo: conseguimos reduzir a utilização de plástico em 7% em comparação com os tabuleiros anteriores, mantendo a segurança alimentar', explicou Jarmo Marttala, diretor de desenvolvimento de embalagens da Atria.
Juntamente com a APA, estas empresas defendem uma abordagem regulamentar que preserve estes avanços tecnológicos.
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