A lei foi promovida pelo governo do ultranacionalista Viktor Orbán com o argumento de que a carne artificial ou sintética “levanta uma série de questões e preocupações” e o seu consumo é “alegadamente inseguro”.
Além disso, o proponente da proposta, o Ministério da Agricultura, afirma que a pegada ecológica é grande, ou seja, tem um grande impacto negativo no ambiente, para além de contribuir para as desigualdades sociais.
O veto, que entrará em vigor nos próximos dias, assim que a nova lei for assinada pelo presidente do país, aplicar-se-á a todos os produtos desenvolvidos e produzidos a partir de células e tecidos animais em condições artificiais, e não aos produtos veganos que substituem a carne e são feitos a partir de plantas. No entanto, a carne artificial está isenta da proibição para fins medicinais e de saúde animal.
A venda de carne de cultura ainda não é autorizada na União Europeia (UE), embora em julho deste ano várias empresas francesas tenham dado luz verde à sua produção. Em novembro de 2023, o parlamento italiano tornou-se o primeiro na UE a proibir a produção e comercialização de carne cultivada em laboratório a partir de células estaminais e produtos derivados.
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