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Informação profissional para a indústria alimentar portuguesa

Agroalimentar pede mais inovação e investimento para reforçar segurança alimentar

14/11/2025

O IV Fórum Ibérico, organizado pela Tetra Pak e realizado no Gabinete de Representação do Parlamento Europeu, em Espanha, reuniu representantes da Comissão Europeia, do Congresso dos Deputados de Espanha, da Administração Geral do Estado e das principais organizações empresariais do setor agroalimentar para discutir como construir uma Europa mais resiliente, autossuficiente e segura.

Da esquerda para a direita...

Da esquerda para a direita: José Hernández, presidente da Zumos y Gazpachos de España; Ernesto Castro, presidente da Federação Nacional das Indústrias de Lacticínios; Marcos Casado, secretário-geral da La Distribución Anged; Gabriel Trenzado, diretor-geral das Cooperativas Agroalimentares de España; Pedro Castaños, diretor-adjunto da Federação Espanhola de Bancos Alimentares; Chakib Kara, diretor-geral da Tetra Pak Iberia.

Sob o título ‘Capacidades estratégicas e autonomia industrial: o papel do setor agroalimentar para alcançar uma segurança a 360º’, a reunião destacou a necessidade de reforçar as cadeias de abastecimento, impulsionar a inovação tecnológica e fortalecer a cooperação público-privada para garantir o abastecimento de alimentos e bebidas em qualquer contexto de crise.

O fórum realiza-se num momento-chave para a política industrial e de segurança europeia, marcado pelos relatórios Letta e Draghi sobre competitividade e autonomia estratégica, e por novas iniciativas como a Estratégia da União de Preparação e a Estratégia Europeia de Armazenamento, que visam antecipar e responder a crises através do reforço das existências de produtos essenciais. O Projeto de Lei sobre a Indústria e a Autonomia Estratégica e a Estratégia Espanhola para a Bioeconomia Horizonte 2030 vão no mesmo sentido, promovendo a produção sustentável, a inovação tecnológica e uma maior capacidade de resposta a situações de emergência.

O primeiro painel, ‘Do risco à resiliência: como reforçar as reservas estratégicas na UE’, abordou o papel das reservas estratégicas na nova arquitetura industrial europeia, e a necessidade de coordenar esforços entre as instituições, os Estados-Membros e o setor privado para reforçar a preparação para as crises e garantir o abastecimento de produtos essenciais.

O segundo painel, centrado na visão empresarial, reuniu líderes da indústria que concordaram que a inovação, a colaboração e a sustentabilidade são essenciais para construir um novo ‘escudo europeu’ contra crises futuras.

“A alimentação é um pilar estratégico da segurança europeia, a par da energia ou da tecnologia”, afirmou Chakib Kara, diretor-geral da Tetra Pak Iberia. “A partir da indústria de embalagem e transformação, contribuímos para reforçar a resiliência do sistema, garantindo que os alimentos são seguros, acessíveis e competitivos, e reduzindo a pegada de carbono e o consumo de água e energia. As embalagens de cartão para bebidas e alimentos são também uma parte essencial do objetivo europeu de autonomia estratégica: permitem que os alimentos sejam conservados durante mais tempo, reduzem os resíduos e garantem a acessibilidade em todas as circunstâncias. Para avançarmos para uma verdadeira segurança alimentar a 360º, precisamos de um quadro regulamentar equilibrado que promova a inovação e a sustentabilidade sem tornar os alimentos mais caros”.

Na mesma linha, José Hernández, presidente da Zumos y Gazpachos de España, sublinhou a importância de transferir esta resiliência para toda a cadeia agroalimentar: ”as crises recentes demonstraram que só uma cadeia integrada e colaborativa pode garantir o abastecimento alimentar. O reforço da cooperação com a indústria local de embalagens e tecnologia é fundamental para preservar a qualidade, reduzir o desperdício e reagir com agilidade a qualquer perturbação”.

Por seu lado, Ernesto Castro, presidente da Federação Nacional das Indústrias de Lacticínios (FENIL), acrescentou que “a inovação na transformação e conservação de bebidas e géneros alimentícios permite manter a qualidade e a segurança dos alimentos durante mais tempo, o que é essencial para criar verdadeiras reservas estratégicas. A aposta do setor na modernização e na sustentabilidade industrial é também uma garantia de abastecimento dos consumidores europeus”.

Do setor retalhista, Marcos Casado, secretário-geral da La Distribución Anged, sublinhou que “os relatórios Draghi e Letta definiram perfeitamente o que é necessário para que a Europa tenha uma maior autonomia estratégica: aprofundar o mercado único, promover reformas que melhorem a produtividade das empresas e, consequentemente, a nossa competitividade. Se avançarmos nesta direção, será mais fácil fazer face a futuras crises”.

Em representação do setor primário, Gabriel Trenzado, diretor-geral das Cooperativas Agroalimentares de Espanha, sublinhou que ”as cooperativas são um pilar da autonomia alimentar europeia. Representamos um modelo baseado na proximidade, na sustentabilidade e na solidariedade entre territórios, que contribui para manter uma cadeia integrada, próxima e equilibrada, capaz de responder rapidamente a qualquer crise sem perder a coesão social".

Por último, Pedro Castaños, diretor adjunto da Federação Espanhola de Bancos Alimentares (FESBAL), recordou que “a segurança alimentar implica também garantir o acesso a uma alimentação adequada às pessoas mais vulneráveis. A cooperação entre a indústria, as administrações e as entidades sociais é essencial para reduzir o desperdício, otimizar os recursos e garantir que nenhum alimento ou pessoa é deixado de fora do sistema”.

O fórum terminou com um encerramento institucional, no qual se destacou a importância de continuar a promover a colaboração entre as administrações públicas e as empresas para reforçar a autonomia estratégica europeia e consolidar uma indústria alimentar inovadora, sustentável e resiliente.

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