Entrevista com Miguel Anjos, gestor da LogiPack
Entrevista a Miguel Anjos: “Queremos que a LogiPack seja o hub de inovação e conhecimento do setor”
A iAlimentar entrevistou Miguel Anjos, gestor da LogiPack, que está à frente da primeira edição do evento marcada para 21 a 23 de outubro de 2025, na FIL – Feira Internacional de Lisboa. A LogiPack surge para dar resposta a desafios centrais da indústria, como a digitalização, a sustentabilidade e a reorganização das cadeias de abastecimento, afirmando-se desde já como uma plataforma estratégica de negócios, conhecimento e inovação para empresas nacionais e internacionais dos setores da embalagem e da logística.
Miguel Anjos, gestor da LogiPack.
A LogiPack estreia-se em 2025. O que esteve na origem desta decisão e porque é que Lisboa foi a cidade escolhida para a primeira edição?
A LogiPack surge num momento marcante para a evolução dos setores da embalagem e logística, impulsionada pela digitalização, sustentabilidade e crescente necessidade de cadeias de abastecimento mais eficientes.
Face ao impacto que esta transformação tem nos modelos de negócios, sentimos a necessidade de criar um espaço agregador para a apresentação de soluções e concentração oportunidades de negócio.
A FIL – Feira Internacional de Lisboa será o ponto de partida da primeira edição da LogiPack. Com uma energia empreendedora em constante crescimento, Lisboa combina tradição e modernidade, oferecendo a quem a visita um ambiente de inovação e oportunidades de negócio. A sua posição geográfica privilegiada faz desta cidade o local perfeito para reunir empresas exportadoras, compradores qualificados e entidades públicas e privadas em torno da embalagem e da logística.
Que papel ambiciona que a LogiPack venha a desempenhar no calendário dos grandes eventos profissionais?
É nosso objetivo tornar a Logipack numa plataforma profissional de referência que reúna toda a cadeia de valor da embalagem e logística num único espaço. Ambicionamos ser o ponto de encontro estratégico para a promoção de negócios e conhecimento, tanto no contexto nacional como internacional.
Quais são os objetivos imediatos para esta primeira edição e que metas já estão traçadas a médio prazo?
Para a primeira edição da Logipack, o objetivo é oferecer uma experiência de alto valor para os nossos expositores e visitantes, que inclua conteúdos relevantes, networking qualificado e a concretização de negócios. A médio prazo, queremos consolidar a LogiPack como o principal hub de inovação e conhecimento para os setores da embalagem e logística em Portugal.
Em que aspetos considera que a LogiPack se distingue de outros eventos ligados à embalagem e à logística que já existem no mercado?
A principal diferença que identifico é a abordagem integrada da cadeia de valor da embalagem e da logística, refletindo a tendência atual de crescente ligação entre os dois setores.
Para além da área de exposição, o evento inclui um programa de conferências estratégicas e academias técnicas que trazem a debate temas como novos materiais, a sustentabilidade, digitalização e eficiência operacional.
"A LogiPack surge num momento marcante para a evolução dos setores da embalagem e logística, impulsionada pela digitalização, sustentabilidade e crescente necessidade de cadeias de abastecimento mais eficientes"
Que setores industriais vão marcar presença e terão maior representatividade nesta estreia?
Os setores representados vão desde o design e fabrico de embalagens, à automação, maquinaria, operadores logísticos, tecnologias de rastreabilidade, transporte, armazenagem e gestão de dados. São áreas com grande peso económico e que estão na linha da frente da inovação em embalagem e logística.
A feira combina exposição empresarial, conferências técnicas e uma forte vertente de networking. Como foi desenhada esta articulação para garantir valor acrescentado a quem participa?
O evento foi pensado numa lógica funcional e complementar: os expositores apresentam soluções, produtos e serviços; as conferências refletem as grandes tendências e desafios do setor; e a Bolsa de Contactos promove parcerias estratégicas. Tudo isto num ambiente que favorece a partilha de conhecimento e a concretização de negócios.
A inovação e a sustentabilidade são apontadas como pilares centrais do evento. De que forma vão ser evidenciadas ao longo da feira?
A inovação e a sustentabilidade refletem os principais desafios e prioridades do setor.
No que toca à sustentabilidade, o evento vai dar visibilidade a soluções que promovem a economia circular, reduzem o desperdício e cumprem as normas europeias.
No campo da inovação, vão estar representadas tecnologias dedicadas à rastreabilidade, automação e gestão inteligente de armazéns.
Estes temas vão estar presentes na área de exposição e nas conferências, reforçando o compromisso da LogiPack com a modernização e competitividade do setor em Portugal.
Entre os temas em destaque nas conferências estão os novos materiais, a transformação digital, a eficiência operacional e a legislação europeia. Quais destes tópicos considera mais urgentes para o futuro de ambos os setores?
O programa de conferências é desenvolvido em colaboração com um conselho consultivo multidisciplinar que reúne associações e empresas de referência do setor. Assim sendo, posso afirmar que todos os temas assumem uma grande relevância para o público-alvo do evento, tratando-se de tópicos que impactam diretamente o futuro competitivo das empresas.
Na sua perspetiva, a indústria portuguesa está preparada para responder a desafios tão exigentes como a circularidade e a neutralidade carbónica?
A indústria portuguesa tem demonstrado uma capacidade de adaptação e inovação notável face a estes desafios cada vez mais exigentes. A LogiPack pretende desempenhar um papel ativo nesta transição, promovendo conhecimento e colaboração.
“A LogiPack vai ser uma montra internacional do talento e da capacidade produtiva da industrial portuguesa de embalagem e logística”
Sendo um evento dirigido a profissionais com poder de decisão, que impacto espera gerar junto das empresas participantes — quer em termos de negócio, quer em termos de visão estratégica?
A LogiPack pretende gerar impacto e oportunidades comerciais qualificadas. Esperamos que os expositores e visitantes levem consigo novos contactos, oportunidades e uma visão clara dos caminhos para o futuro.
Que contributo pode a LogiPack dar para reforçar a valorização internacional da indústria portuguesa de embalagem e logística?
A LogiPack vai ser uma montra internacional do talento e da capacidade produtiva da industrial portuguesa de embalagem e logística. Ao reunir em Lisboa empresas líderes, compradores qualificados e entidades de vários mercados estratégicos, o evento cria oportunidades concretas para gerar negócio, estabelecer parcerias e abrir portas a novos destinos de exportação.
Como tem sido a resposta do mercado? Já é possível avaliar o nível de interesse e de adesão dos expositores e visitantes?
A reação do mercado tem sido muito positiva.
Desde o anúncio da LogiPack 2025, registámos um forte movimento de interesse por parte de expositores e visitantes profissionais, refletido no elevado número de contactos e pedidos de informação nas primeiras semanas.
A LogiPack responde a uma necessidade real do setor e está a despertar grande interesse junto de empresas de toda a cadeia de valor, desde o design e produção de embalagens até à logística e às novas tecnologias.
Atualmente, já contamos com dezenas de empresas confirmadas, incluindo marcas de referência nacional e internacional, e continuam a chegar novas inscrições diariamente.
Do lado dos visitantes, as projeções são igualmente animadoras: as campanhas de comunicação e as parcerias com as entidades que compõem o Conselho Consultivo estão a gerar uma base de pré-registos sólida, sinal claro de que o mercado vê na LogiPack uma oportunidade de negócio, networking e atualização profissional.
Em suma, a adesão inicial confirma que a LogiPack surge no momento certo, respondendo à necessidade de um ponto de encontro especializado em Portugal para os setores da embalagem e da logística.
Na sua opinião, quais serão as grandes tendências que irão marcar a embalagem e a logística nos próximos anos?
Atualmente, existem tendências impulsionadas pela automação e pela inteligência artificial nos campos do design e das transformações digitais. A sustentabilidade é também um tema em destaque, marcada pelas novas exigências europeias.
E, por fim, a reorganização das cadeias de abastecimento logísticas, que procuram ser mais eficientes e resilientes.
Que mensagem gostaria de deixar às empresas e profissionais que estão a ponderar participar nesta primeira edição, seja como visitantes ou expositores?
A LogiPack é uma excelente oportunidade para conhecer e apresentar as últimas tendências do setor. É o lugar certo para gerar novos contactos, encontrar parceiros estratégicos e fechar negócios.
Participar na LogiPack é potenciar o futuro do seu negócio.
Pode partilhar alguma novidade ou surpresa que esteja reservada para esta estreia?
Podemos garantir que a LogiPack não será apenas uma feira tradicional. Haverá experiências interactivas, lançamentos exclusivos de produtos e um ciclo de conferências que trará a Lisboa especialistas que vão inspirar o setor. Algumas novidades ficarão em segredo até ao dia da abertura, para surpreender expositores e visitantes.