O sistema foi desenvolvido no âmbito do projeto Microgut, que inclui o desenvolvimento de um birreator e de dispositivos Organ-on-Chip para a recriação do microambiente do cólon humano.
O projeto explora também a avaliação das propriedades tecno-funcionais de vinte alternativas proteicas à proteína animal e o impacto de diferentes processos industriais, típicos da indústria da carne, na digestibilidade e na qualidade proteica dos produtos resultantes.
Microgut é um projeto aprovado pelo Ministério da Ciência, Inovação e Universidades, financiado por fundos do programa NextGeneration da União Europeia, no âmbito do concurso RETOS.
“Com soluções tecnológicas avançadas como estas, a Eurecat reafirma seu compromisso com uma cadeia de valor agroalimentar mais eficiente, saudável e sustentável”, afirma o diretor de Mercados da Eurecat, Roger Font.
Nesse sentido, “essas tecnologias de ponta ao alcance da indústria facilitam os testes e estudos de digestibilidade e qualidade proteica de novas fontes de proteína”, explica Carol Benedí, gerente de negócios do Mercado de Alimentos da Eurecat.
O diretor da Área de Biotecnologia da Eurecat, Antoni Caimari, explica que “a biotecnologia hoje está imersa na otimização de tecnologias que favorecem a capacidade de simular ambientes biológicos em laboratório e em pequena escala”.
No Food 4 Future, o centro tecnológico apresentou outras inovações no domínio do processamento alimentar, como os processos de fermentação em fase sólida para o desenvolvimento de novos ingredientes proteicos e fermentados com aplicações em produtos cárneos, melhorando tanto o seu perfil sensorial como as suas propriedades funcionais e nutricionais.
Estas tecnologias permitem aproveitar ao máximo os subprodutos agroindustriais e os excedentes de origem vegetal na produção de novos ingredientes e produtos, de forma a impulsionar a economia circular no setor.
Além disso, a Eurecat também apresentou o projeto PROVEG, no qual foram concebidos e desenvolvidos novos alimentos de base vegetal a partir de fontes de proteína vegetal como cogumelos, frutos secos e algas.
Por outro lado, o centro tecnológico oferece serviços de inovação a empresas em pós-bióticos, alimentos funcionais e ingredientes bioativos, seguros e benéficos, desde a demonstração do potencial saudável de um ingrediente até ao desenvolvimento de um alimento funcional, para proporcionar um efeito de melhoria da saúde para além do seu valor nutricional básico.
Neste sentido, apresentou nas conferências Food 4 Future o projeto Senvafun, liderado pela empresa Fruselva em conjunto com a Eurecat, cujo principal objetivo é produzir novos alimentos inovadores baseados em ingredientes, incluindo a utilização de subprodutos, para reduzir o risco de sofrer de osteoartrite e sarcopenia, contribuindo assim para um envelhecimento mais saudável.
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