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Informação profissional para a indústria alimentar portuguesa

Dare2Change recebeu cerca de 500 participantes, entre indústria, empreendedores e representantes da academia

07/04/2025
Evento organizado pela PortugalFoods, pelo Colab4Food e pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) refletiu sobre o futuro, as oportunidades e os desafios para a competitividade da indústria agroalimentar.
Amândio Santos, presidente do Conselho de Administração da PortugalFoods
Amândio Santos, presidente do Conselho de Administração da PortugalFoods.
O Centro de Congressos do Super Bock Arena, no Porto, recebeu a 3.ª edição da conferência “DARE2CHANGE”., um evento bienal, organizado pela PortugalFoods, pelo Colab4Food e pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).

Ricardo Arroja, presidente da AICEP, lembrou que a indústria agroalimentar portuguesa exporta para 186 mercados, com força crescente. Espanha, França, Itália, Países Baixos e Brasil são os principais destinos, responsáveis por dois terços de todas as exportações. Azeite, fruta, vinho e peixe são os principais produtos nacionais exportados, na casa dos €1.000 milhões anuais cada, seguidos dos preparados de frutas e legumes, hortícolas, pastelaria, conservas de peixe, transformados de tomate e águas. O executivo aproveitou a ocasião para sublinhar a importância do setor, não só para a captação de investimento direto estrangeiro, como para a coesão nacional, com empresas localizadas em todo o País.

Gonçalo Andrade, presidente da Portugal Fresh, por seu lado, apontou evidenciou também a componente exportadora da fileira das frutas, flores e vegetais, lembrando que as vendas ao exterior triplicaram nos últimos 14 anos – passando de €780 milhões para mais de €2,5 mil milhões. “Este é um setor muito dinâmico, que se adapta aos pedidos dos clientes”, referiu.

A capacidade de inovação do setor tem, naturalmente, contribuído para o aumento das exportações. Hélder Cruz deu a conhecer o exemplo da empresa que cofundou, atualmente sediada no Reino Unido: a Meatly que produz “carne cultivada” – ou seja, um produto de origem celular cultivado em laboratório. O investigador notou que, para concretizar ideias e transformá-las em negócios, é necessário garantir a escalabilidade dos projetos e soluções. O que nem sempre é fácil: “Em todo o mundo, há cerca de 100 empresas apostadas no desenvolvimento de produtos de base celular” e a chegada ao mercado depende, também das questões regulatórias “onde a Europa é a mais protetora dos consumidores, com a legislação mais burocrática de aprovação”. A empresa de Hélder Cruz especializou-se na alimentação para animais de estimação de forma a dar resposta a esses desafios da escala e de sabor. “Os primeiros produtos a chegar ao mercado são alimentos mais processados, como salsichas e hambúrgueres. Conseguir, por exemplo, produzir um filete de peixe obriga a soluções com investimentos altos, que comportam custos que o mercado ainda não aceitará.” Também no âmbito da disrupção alimentar, Ricardo Bonacho, cofundador do Food Design Lab Lisboa e consultor em Food Design e Gastronomia, partilhou a sua experiência de coordenação de projetos, nacionais e internacionais, que aliam conceitos como design, criatividade e inovação no desenho de novos produtos alimentares.

“Esta terceira edição do Dare2Change mostrou que o setor agroalimentar é estratégico para o país e continua num crescendo do valor das suas exportações. Está a fazer uma aposta na transição digital e na inovação tecnológica, completamente comprometido com os desafios ambientais e com um papel fundamental para a economia circular. A indústria nacional mostrou, uma vez mais, a aposta na inovação e é um exemplo claro de como a dinâmica colaborativa entre academia e empresas, aporta valor: aos agentes económicos, mas também à sociedade em geral”, afirmou Amândio Santos, presidente do Conselho de Administração da PortugalFoods.

O Dare2Change distinguiu também os melhores pósteres científicos, entre os 197 que se apresentaram à conferência, número que para além de ser um recorde, mostra a dinâmica da investigação científica na área alimentar no país. Temáticas como o uso de algas na alimentação, o aproveitamento de desperdício da laranja e da banana para a criação de barras proteicas, a utilização dos oligossacarídeos e o uso de compostos presentes na uva para o tratamento de problemas dentários foram premiadas pela Comissão Científica da conferência. Ao palco, para receberem o prémio, subiram os primeiros autores dos pósteres: José Matheus (Instituto Superior de Agronomia – LEAF, em parceria com a empresa Sumol Compal), Marlene Lopes (Universidade do Minho – CEB e LABBELS e Instituto Politécnico de Viana do Castelo – CISAS), Pedro A. R. Fernandes (Universidade de Aveiro – LAQV-REQUIMTE e CICECO, Universidade do Minho – CEB e LABBELS, Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA), em parceria com a empresa Frulact) e Sofia Mariana (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – CITAB, Universidad de Salamanca e A.T. Still University).

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