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Embalagens plásticas reutilizáveis mais circulares que caixas de cartão

14/04/2024

Uma equipa internacional da Cátedra Unesco de Ciclo de Vida e Alterações Climáticas ESCI-UPF desenvolveu o primeiro estudo para avaliar a circularidade dos sistemas de distribuição alimentar em Espanha.

Uma equipa internacional da Cátedra Unesco em Ciclo de Vida e Alterações Climáticas ESCI-UPF, formada por Ilija Sazdovski, Laura Batlle-Bayer, Sahar Azarkamand, Alba Bala e Pere Fullana-i-Palmer, apoiada por Maria Margallo e por Rubén Aldaco da Universidade da Cantábria, desenvolveu o primeiro estudo para avaliar a circularidade dos sistemas de distribuição alimentar em Espanha, segundo a Areco num comunicado de imprensa.

Os resultados foram publicados na revista científica Heliyon . Este estudo avalia dois sistemas alternativos: a) Embalagens de transporte reutilizáveis (RPC) e b) Caixas de cartão de utilização única. Trata-se de um serviço com um volume de negócios em Espanha de mais de 29,7 milhões de euros por ano (Hispack, 2022) e com um grande potencial de melhoria ambiental.

Figura 1: Comparação da circularidade das Embalagens de Transporte Reutilizáveis (RPCs) e das caixas de cartão
Figura 1: Comparação da circularidade das Embalagens de Transporte Reutilizáveis (RPCs) e das caixas de cartão

Neste estudo, foi efetuada uma Análise do Fluxo de Materiais (AMF) nas fases de produção e utilização de ambos os sistemas, tendo sido aplicados dois indicadores de circularidade: o Indicador de Circularidade dos Materiais (ICM) e o Indicador de Circularidade dos Produtos (ICP).

Enquanto a maioria dos estudos anteriores sobre embalagens de utilização única utiliza estes indicadores ao nível do produto, este novo estudo baseia-se num ciclo de vida completo do sistema de abastecimento.

O Índice de Circularidade dos Materiais (ICM) é considerado a métrica de circularidade dos materiais mais promissora (Linder et al., 2017). O ICM aplicado às embalagens tem sido utilizado principalmente para avaliar os benefícios das estratégias de reciclagem, com muito pouca cobertura de outras estratégias, como a reutilização. O ICM tem algumas limitações, como o facto de não ter em conta a preservação da qualidade dos materiais reciclados. Para resolver estas limitações, Bracquené et al. (2020) propuseram alterações ao ICM e desenvolveram um novo indicador, o chamado Indicador de Circularidade do Produto (ICP).

Como se pode ver na Figura 1, ambos os indicadores revelam que as embalagens de transporte reutilizáveis (RPC) são mais circulares do que as caixas de cartão. Esta diferença entre as avaliações de circularidade é maior quando se utiliza o ICP, porque este indicador: a) abrange mais fases do ciclo de vida; b) tem em conta a eficiência de mais fases do que o ICM-, e c) calcula os resíduos não recuperáveis de forma mais abrangente.

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Perante os desafios das economias lineares e do crescimento contínuo da população, a transição para a circularidade é um passo fundamental para o desenvolvimento sustentável.

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