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O papel e o cartão já são os materiais mais reciclados na Europa, mas existe um claro potencial para obter resultados ainda melhores para as empresas, as pessoas e o planeta.

Aumento de reciclagem de papel potencia os circuitos de reciclagem em 1.000 milhões de euros

28/02/2024

De acordo com um novo estudo da DS Smith, especialista mundial em soluções de packaging sustentável, um aumento de apenas 9% nas taxas de reciclagem de embalagens de papel e cartão na UE poderia, por si só, acrescentar aos circuitos de reciclagem 5 milhões de toneladas de material, no valor de mil milhões de euros por ano até 2030.

As taxas de reciclagem de papel e cartão têm vindo a diminuir nos últimos cinco anos, tendo alcançado uma média de 81% em toda a UE em 2022. O relatório da DS Smith apresenta medidas específicas que podem ajudar a aumentar esta taxa até 90%, impulsionando a economia circular em torno daquele que já é o material mais reciclado na Europa.

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O plano de ação surge numa altura em que o crescimento do e-commerce está a contribuir para o aumento do consumo de embalagens: novos dados estimam que os países da UE alcançarão uma produção anual de 39 milhões de toneladas de embalagens de papel e cartão em 2030.

O relatório da DS Smith, Papel desperdiçado: o caminho para uma reciclagem melhor, revela também que as taxas de reciclagem necessitam de um impulso, particularmente entre os mais jovens. Menos de 62% dos europeus com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos reciclam quase todo o seu papel e cartão, em comparação com quase nove em cada dez (88%) com mais de 65 anos. Esta situação pode dever-se a uma falta de compreensão e de confiança no processo, uma vez que menos de dois terços (62%) da Geração Z acredita que o que coloca no seu caixote do lixo é reciclado corretamente pelas autoridades, em comparação com mais de sete em cada dez (72%) das pessoas com mais de 65 anos.

Segundo dados da Eurostat, Portugal é o oitavo maior produtor de resíduos de papel e cartão na Europa e ocupa o 28.º lugar entre 30 países europeus no que respeita à taxa de reciclagem de embalagens de papel e cartão. Em 2020, 66% das embalagens de papel e cartão foram recicladas em Portugal, em comparação com uma média europeia de 82%, e a DS Smith prevê que este valor possa atingir aproximadamente 68% até 2030. As taxas de reciclagem e a procura diferem entre os países europeus, com a Alemanha a produzir tanto papel e material de embalagem de cartão como os 24 países com menor produção de resíduos em conjunto. No entanto, a Alemanha tem uma taxa de reciclagem superior à média europeia de 84%, melhor do que outros grandes produtores, como a França, o Reino Unido e a Espanha.

Para aproveitar esta oportunidade e impulsionar ainda mais as taxas de reciclagem, a DS Smith está a apelar aos legisladores europeus, nacionais e locais, para que se unam e implementem quatro recomendações fundamentais:

  1. Legislar no sentido de exigir a separação na origem, o que significa que o papel e o cartão são separados dos outros materiais pelos consumidores em suas casas e nos contentores;
  2. Implementar um sistema de recolha consistente a nível nacional e integrado com as autoridades locais;
  3. Standardizar os rótulos de reciclagem e incentivar a educação dos consumidores;
  4. Fomentar legislação clara para dar às empresas a confiança necessária para investirem na reciclagem.

Luis Moura, recycling iberia MD da DS Smith, afirma: "O papel e o cartão já são o material de embalagem mais reciclado na Europa e um dos materiais mais circulares do planeta. Mas, embora quase quatro em cada cinco embalagens de papel e cartão já sejam recicladas, existe uma enorme oportunidade para fazer ainda melhor: criar valor económico e milhares de postos de trabalho, enquanto se evita o desperdício de valiosos recursos naturais. Se os legisladores, as autoridades locais, as empresas e os consumidores trabalharem em conjunto, acreditamos que podemos garantir que nenhuma embalagem se transforme em desperdício”.

Nota

O estudo foi encomendado pela DS Smith e realizado pela White Space Strategy, utilizando dados recolhidos através de entrevistas com 50 especialistas (responsáveis políticos, ONG, empresas de gestão de resíduos, autoridades locais e outras partes interessadas) e de um inquérito a consumidores com 8000 adultos em toda a Europa (1133 em Portugal).

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