Com o pódio de crescimento das exportações dentro da União Europeia a ser ocupado, respetivamente, pela Eslováquia (35,40%), Irlanda (31,09%) e Polónia (30,20%), foi, no entanto, para o Peru (91,05%) e para a Mauritânia (61,05%) que as exportações mais cresceram comparativamente a 2022. Curiosamente, as exportações para países tradicionalmente parceiros como Angola e Itália registaram um abrandamento de, respetivamente, 25,49% e 8,53%.
Para Jorge Henriques, presidente da Federação Portuguesa das Indústrias Agro-Alimentares (FIPA), “a conjuntura, nacional e internacional, é desafiante e embora os números deixem perceber um incremento ao nível das exportações, como previsto, o setor ambiciona mais”.
Sem perder o foco no futuro, revela que “o setor tem vindo a penetrar em novos mercados”, o que permite manter a esperança de alcançar a meta dos 10 mil milhões de euros em exportações de acordo com os objetivos traçados. No entanto, desafia o próximo governo a ter “uma visão clara relativamente à criação de uma rede de infraestruturas sólida e competitiva, políticas económicas e diplomáticas de incentivo à exportação, além de maior empenho no eliminar de barreiras alfandegárias em várias latitudes”.
A indústria alimentar e das bebidas é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de negócios (22,4 mil milhões de euros) como em valor acrescentado bruto (3,8 mil milhões de euros). Primeira indústria transformadora que mais emprego gera – é responsável por mais de 112 mil postos de trabalho diretos e cerca de 500 mil indiretos – assume, simultaneamente, uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país.
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