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Cell4Food: A primeira empresa de agricultura celular para alimentação em Portugal

“Esperamos contribuir para um novo ecossistema alimentar”

Sónia Ramalho21/04/2024

Sabia que já existe em Portugal uma empresa de agricultura celular para a alimentação focada no desenvolvimento de peixe, moluscos e crustáceos por via celular? A Cell4Food – Cellular Culture, Lda é mesmo a primeira empresa a nível mundial dedicada ao desenvolvimento de polvo celular e pretende ter uma posição relevante no mercado de produção de células animais para uma alimentação eticamente sustentável. Falámos com Vítor Verdelho, que revela os projetos para o futuro.

A empresa recebeu, no final do ano passado, o Prémio Inovação da Expo Fish Portugal com o projeto ‘Aquacultura Celular...
A empresa recebeu, no final do ano passado, o Prémio Inovação da Expo Fish Portugal com o projeto ‘Aquacultura Celular, para a produção de espécies marinhas, utilizando as tecnologias da cultura celular de alimentos’.

Principais objetivos

Criada em 2022, na sequência do desenvolvimento da ideia, em 2021, a Cell4Food é a primeira empresa de agricultura celular para alimentação em Portugal. “É uma startup focada no desenvolvimento de peixe, moluscos e crustáceos pela via celular, sendo que o nosso objetivo é o de sermos uma empresa com uma posição relevante à escala mundial, nomeadamente em conseguir trazer para o mercado peixes, moluscos e crustáceos através de tecnologias e processos de agricultura celular”, explica Vítor Verdelho.

Polvo celular

A Cell4Food está a trabalhar no desenvolvimento de vários peixes e crustáceos, no entanto o foco principal é a produção de polvo para a alimentação, sendo mesmo a primeira empresa, a nível mundial, com este objetivo. “O nosso foco inicial é o de conseguir produzir ‘filetes de polvo’ que mimetizem os produtos convencionais. Dessa forma, esperamos contribuir para um novo ecossistema alimentar.”

A empresa tem laboratórios no CBA - Centro de Biotecnologia dos Açores, “onde está a equipa de desenvolvimento de linhas celulares a partir de organismos marinhos, peixes, moluscos e crustáceos capturados na Ilha Terceira”, indica Vítor Verdelho, que enumera os principais benefícios da agricultura celular e do subsetor da aquacultura celular:

  • Baixa pegada ecológica e sustentabilidade ambiental
  • Sem crueldade ou sacrifício de animais
  • Elevada segurança alimentar (sem micro plásticos ou metais pesados)
  • Escalável e com custos reduzidos
  • Sem impacto para os oceanos
No final do ano passado, a empresa recebeu o Prémio Inovação da Expo Fish Portugal com o projeto ‘Aquacultura Celular, para a produção de espécies marinhas, utilizando as tecnologias da cultura celular de alimentos’.

Investimento da Portugal Ventures

Recentemente, a Cell4Food passou a fazer parte do portefólio da Portugal Ventures, a sociedade de capital de risco do Estado, que integra o grupo Banco Português de Fomento (BPF). “A entrada da Portugal Venture foi importante porque, num sector novo, é mais difícil convencer um primeiro investidor. Os valores envolvidos são evolutivos e em diferentes rondas de investimento já em curso”, garante.

Associação CellAgri Portugal

A Cell4Food promoveu a criação da CellAgri Portugal - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Agricultura Celular com o objetivo de desenvolver atividades com caráter educativo, científico e tecnológico ou industrial num contexto social, económico e ambiental no setor da agricultura celular, tendo como presidente Joaquim Sampaio Cabral e como director executivo Carlos Carlos Rodrigues, ambos do Instituto Superior Técnico.

“Sendo a primeira empresa na agricultura celular para produção de alimentos; existindo em Portugal um relevante conhecimento em biotecnologia de células animais e especificamente em células estaminais e em engenharia de tecidos - entendemos ser muito relevante promover uma associação que possa dar visibilidade global ao setor em Portugal, que junte os entusiastas e os especialistas, que podem fazer avançar o setor no país. Se o governo português segue os exemplos recentes dos Países Baixos, Reino Unido, Israel, Singapura e Califórnia podemos ter um desempenho que não será inferior ao destes países ou regiões”, explica Vítor Verdelho. Presidente da associação é Pro. Joaquim Sampaio Cabral e o Director executivo o Doutor Carlos Carlos Rodrigues, ambos do Instituto Superior Técnico.

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