Segundo informações disponibilizadas pelo governo açoriano a comparticipação financeira aos produtores detentores destes bovinos tem por base o facto de a raça autóctone Ramo Grande ser originária da Região Autónoma dos Açores, e existir a necessidade premente de a preservar como um património identitário e garante da biodiversidade genética.
“O incentivo visa relevar o papel primordial que os bovinos desta raça representaram na Região desde o povoamento das ilhas no desenvolvimento da atividade agrícola, atendendo à sua tripla aptidão”, esclarece António Ventura, Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural.
O governante lembrou ainda que estes bovinos são utilizados na “produção de carne, leite e trabalho” e, ainda, têm também uma “participação assídua nos cortejos etnográficos e nas festividades tradicionais, sobretudo as associadas ao culto ao Divino Espírito Santo”.
O que leva António Ventura a afirmar que “é de grande interesse para a conservação futura desta raça e desperta grande entusiasmo na população, quer nos locais, quer nos visitantes, e sobretudo nos da diáspora por relembrarem todas as atividades agrícolas que eram realizadas com estes bovinos pelos seus antepassados”.
Nesta medida foram aprovadas 30 candidaturas, num valor global de cerca de 14.500,00 euros, que corresponde a 34 juntas de bois, oriundas das ilhas de São Jorge, São Miguel, Terceira e Faial. A ilha de São Jorge representa 59% das juntas de bois a serem apoiadas, seguida por São Miguel com 26%. De referir que é na ilha de São Jorge que se encontram cerca de metade dos criadores e dos bovinos desta raça.
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