A automatização dos armazéns permite tirar partido de cada m3 de ar congelado e não quebrar a cadeia de frio
Logística do frio: a solução para reduzir o desperdício alimentar
Redação Interempresas/iALIMENTAR09/06/2022 Em Espanha, por exemplo, foram desperdiçados até 1,363 milhões de quilos de alimentos em 2020 e parte deste desperdício de produtos deve-se ao seu mau estado. Neste contexto, e na ocasião do Dia Mundial da Segurança Alimentar, que se celebrou a 7 de junho, a Moinsa, fornecedor de soluções intralogísticas, recorda a importância de cuidar da logística do frio ao longo de toda a cadeia de abastecimento para garantir a qualidade dos alimentos, tanto na preservação das suas caraterísticas nutricionais e organoléticas, como na prevenção de microrganismos patogénicos.
A categoria de alimentos considerados perecíveis tais como fruta, legumes, carne, peixe e produtos congelados requer refrigeração ou congelação a temperatura controlada na fase de armazenamento. Para este fim, a indústria da logística do frio visa manter a cadeia de frio ininterruptamente, ao mesmo tempo que melhora as condições de trabalho e aproveita ao máximo o volume do armazém. No entanto, a Moinsa recomenda que a promoção da automatização dos armazéns ou câmaras frigoríficas seja implementada no âmbito da estratégia empresarial das empresas.
Embora a quebra na cadeia de frio ocorra frequentemente na distribuição ou manipulação de alimentos, a verdade é que existem vários momentos críticos no processo de armazenamento e transporte de alimentos. Alguns deles são os pontos de venda do produto, desde a produção ou armazenamento no momento da carga e descarga, e a movimentação dos bens nas plataformas de distribuição e nos pontos de venda até chegarem finalmente ao carrinho de compras do consumidor e ao frigorífico ou congelador.
Benefícios da automatização de armazéns frigoríficos ou câmaras frigoríficas
Os armazéns frigoríficos convencionais permitem a utilização de vários formatos de mercadorias e oferecem uma maior visualização das mercadorias. No entanto, não oferecem um maior rendimento de pessoal ou volume armazenado e requerem um grande número de profissionais envolvidos na preparação de encomendas dentro da câmara.
Por outro lado, os armazéns automáticos caraterizam-se pela aceleração dos processos, aumentando a segurança do pessoal e das próprias mercadorias, aproveitando ao máximo cada m3 de ar congelado.
Os sistemas automatizados tipo shuttle aumentam o controlo dos lotes, o controlo do peso dos alimentos e melhoram a rastreabilidade das mercadorias, reduzindo o erro. Por outro lado, com estes sistemas do tipo shuttle, o stock pode ser deslocado e a capacidade de armazenamento pode ser maximizada, evitando que os operadores tenham de lidar com condições ambientais desfavoráveis. E, finalmente, é feita a máxima utilização do espaço, reduzindo o número de corredores para manobrar, espaços não utilizados e otimizando o acesso à área de manutenção.
“A segurança alimentar está intimamente ligada à logística. Uma quebra na cadeia de frio poderia resultar no comprometimento da segurança alimentar antes de chegar ao consumidor final. Portanto, a logística do frio torna-se um fator que vai além de garantir o menor tempo possível, minimizar os custos, gerar maiores lucros ou ser mais competitiva, uma vez que o bem-estar e a saúde das pessoas dependem disso”, afirma María Seco, Diretora da Área de Intralogística da Moinsa.