Nos tempos atuais é possível afirmar que os obstáculos para a robotização da indústria alimentar foram ultrapassados. A automatização está cada vez mais presente nos processos produtivos, com robôs cada vez mais capazes de manipular com alimentos diversos e delicados, cumprindo a segurança alimentar e operando em ambientes desafiantes como calor, frio ou humidade.
Existem dois tipos de robôs que agitam o setor: os genéricos, que servem para movimentar objetos pesados ou separar produtos, e os especializados, que auxiliam em tarefas mais complexas e específicas, como cortar carne ou processar vegetais. Nesse segundo grupo estão também os robôs encarregados de embalar os produtos, cada vez mais usuais.
A robótica aumenta a eficiência das empresas e reduz a sua dependência do fator trabalho. Além disso, os requisitos de segurança alimentar são cada vez mais rigorosos, e segundo especialistas, uma menor interferência humana no processo de produção pode reduzir o risco de contaminação.
A tecnologia de dados está a tornar-se num pilar na indústria alimentar. Não só ajuda a prever e a planear melhor a produção, como também permite responder às novas necessidades de informação dos consumidores, que se preocupam cada vez mais com o que consomem e com a origem dos alimentos que levam para casa.
Os sistemas de dados combinam informações sobre o estado das linhas de produção e a planificação, e aconselham os funcionários que controlam o processo de produção sobre como otimizar as diferentes linhas de trabalho. Além disso, com inteligência artificial e machine learning, podem aprender com situações anteriores e melhorar continuamente.
Estas informações detalhadas sobre o processo de produção também podem ser aplicadas a processos primários, como agricultura ou pecuária, tornando muito mais fácil prever o abastecimento e fornecer aos consumidores dados sobre a origem dos alimentos. Na verdade, com a tecnologia atual, já é possível realizar o seguimento a 100% da cadeia, algo que por exemplo, muitos supermercados já aplicam.
A tecnologia possibilitou a facilidade no que diz respeito ao acesso à internet, e neste caso, a Internet das Coisas na indústria tem permitido um monitoramento muito exaustivo das mercadorias que entram e saem dos armazéns. Com a tecnologia IoT, recolhe-se as informações sobre onde determinadas mercadorias estão localizadas. Além disso, também se pode obter informações sobre a temperatura, caso se trate de uma mercadoria especial.
Portanto, graças à Internet das Coisas, é possível obter maior qualidade e previsão para reduzir custos logísticos.
A procura dos consumidores por produtos frescos e saudáveis, livres de conservantes e químicos, dão azo às chamadas tecnologias de processamento, que são novas técnicas de eficiência energética para preservar a forma, a função e a qualidade dos alimentos. Um exemplo é a tecnologia de processamento a alta pressão, utilizada na pasteurização e esterilização de produtos.
O processamento de alta pressão é usado em sumos, carnes, refeições prontas e outros alimentos. Também no auge está a tecnologia chamada “campo elétrico pulsado”, alternativa à pasteurização de alimentos líquidos, como sumos e sopas. É um processamento a baixa temperatura que preserva melhor os ingredientes e que permite poupar energia.
Ao aplicar novas técnicas de processamento, os produtores de alimentos são cada vez mais capazes de garantir que os produtos processados mantenham uma aparência fresca e de qualidade e ainda com menos aditivos.
Ao aplicar novas técnicas de processamento, os produtores de alimentos são cada vez mais capazes de garantir que os produtos processados mantenham uma aparência fresca e de qualidade e ainda com menos aditivos
Não é só a saúde que importa cada vez mais. Os consumidores também estão preocupados com a contaminação e aumentam também as críticas dos produtores de alimentos pela quantidade de plástico, papel e alumínio usados na apresentação da comida, algo que muitas pessoas entendem como algo pouco sustentável, principalmente em tempos de aquecimento global.
A robótica e outras novas tecnologias permitem encontrar alternativas ao plástico e outros produtos perigosos para a embalagem. Existem caixas de alimentos que são comercializadas com embalagens comestíveis e outros que utilizam a menor quantidade de materiais para embalar os seus produtos.
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