12 EVENTO Temos de mudar a forma como nos alimentamos A população mundial não para de crescer e há que encontrar soluções que impeçam as pessoas de passar fome. A pensar nisso realizou-se, no Porto, a segunda edição da Dare2Change, organizada pela PortugalFoods, que reuniu cerca de 400 pessoas para debater estes temas e “pensar fora da caixa”. Alexandra Costa Há certas coisas que são inevitáveis, como o crescimento da população mundial. É certo que, em Portugal e nalguns outros países europeus, a tendência aponta para umenvelhecimento da população e para uma diminuição da taxa de natalidade, mas há países onde essa tendência não ocorre. E a verdade é que há que encontrar soluções para alimentar todas essas pessoas. A pensar nisso realizou-se, no Porto, a segunda edição da Dare2Change, organizada pela PortugalFoods. Um evento que reuniu cerca de 400 pessoas, entre alunos, empresas do setor, investigadores e académicos e que teve como objetivo debater estes temas e “pensar fora da caixa”. A ideia é que a partilha de informação, não só entre universidades, centros de investigação e empresas, mas, e também, entre pessoas de todo o mundo, pode ajudar a olhar para o problema de outra perspetiva. Sobre este tema Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods, aponta que o aparecimento dos Colabs veio acelerar esta temática – apesar de alguns ainda estarem numa fase de arranque. Mas não são os únicos a fomentar o conhecimento e inovação. A responsável pela PortugalFoods lembra que as universidades, os politécnicos e os centros de I&D que existem são muito bons, têm equipasmaravilhosas emuito têmcontribuído para o crescimento e para a interação universidade/empresa e, no fundo, para aquilo que é a investigação aplicada e a valorização económica do conhecimento. “Os Colabs sãomais um elo e mais um ator que surge através de uma dinâmica do antigo ministro da Ciência – Manuel Heitor – e que quis criar estruturas que permitissem ter recursos altamente qualificados ao serviço das empresas”. A executiva afirmou ainda que o setor conseguiu responder aos desafios colocados pela pandemia, mantendo o seu crescimento a todos os níveis. “Mesmo numa situação de pós-pandemia e, agora, emsituação de guerra, a verdade é que o setor temmantido o seu nível de crescimento, quer seja aquilo que é o seu contributo para as exportações nacionais – com valores até superiores ao que estava a ser partilhado em2019 – e em termos de inovação, a dinâmica é permanente e contínua, quer seja na presença em grandes projetos mobilizadores”, constata, acrescentando que foi um desafio realizar esta Agenda Mobilizadora no âmbito do PRR. “É necessário fazer uma disrupção na forma como comemos”, afirma Paulo Monteiro Lopes, do Colab4food, realçando que a pandemia e a guerra na Ucrâniamostrarama dependência dos mercados. Algoque, a par de umamaior consciência com a sustentabilidade, está a levar consumidores e empresas a alterarem os hábitos de consumo. E a fomentar a inovação na apresentação quer de novos produtos, de novas técnicas agrícolas ou mesmo na utilização da tecnologia. Daniel Ramón Vidal, da ADM, por seu lado, apontou outras razões – alémdas mencionadas – que estão a impulsionar a evolução. “Omundo enfrenta alguns problemas
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