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7 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.IALIMENTAR.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Espécies de peixe de baixo valor comercial dão origem a novos produtos alimentares Ceviche de choupa, paté de carapau fumado, lira desidratada, pastéis de serrão e mini-saia frito. Estes foram os produtos que resultaram do ‘Valorejet’, um projeto que pretendia avaliar o potencial de três espécies de peixe com baixo valor comercial (carapau-negrão, choupa e ruivos) e duas espécies de peixe rejeitadas (mini-saia e serrão-alecrim), cujo conhecimento biológico era baixo ou inexistente. O projeto foi promovido pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e pelo polo de Lisboa do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, em parceria com o Politécnico de Leiria, através do polo de Peniche do MARE, com a colaboração das empresas transformadoras Nigel e Omnifish e o apoio da Cooperativa de Pesca Geral do Centro (Opcentro). “As rejeições diminuíram cerca de 30% nos últimos 40 anos, no entanto, representam ainda 27 milhões de toneladas. Economicamente, traduzem perda de valor para a administração e pescadores e, em termos nutricionais, é uma importante fração de proteína que é desperdiçada. As rejeições resultam do facto das várias artes de pesca apresentarem graus de seletividade diferentes podendo capturar muito mais espécies do que aquelas que são alvo da pesca, resultando em valores elevadíssimos de outras espécies que são rejeitadas”, explica a equipa do projeto. Entre os vários desígnios do ‘Valorejet’ contam-se, assim: a valorização das espécies rejeitadas ou de fraco valor comercial através do desenvolvimento de novos produtos com valor acrescentado, usando técnicas e processos novos ou melhorados; a avaliação do potencial dessas espécies, que hoje são rejeitadas quer do ponto de vista biológico quer em termos de estratégia face à exploração pesqueira; o fomento das ligações entre a comunidade científica e os vários agentes do setor, nomeadamente associações de pescadores e industriais; e o aumento da oferta de produtos alimentares, no sentido de revitalizar o mercado. Consórcio estuda alternativas sustentáveis para substituir pesticidas na produção de pera e maçã O consórcio internacional liderado pela empresa portuguesa CAMPOTEC IN - Conservação e Transformação de Hortofrutícolas, que inclui o Politécnico de Leiria, o Politécnico do Cávado e Ave, a Technological University of the Shannon (Irlanda) e a Vorarlberg University (Áustria), tem explorado as algas marinhas da costa portuguesa em busca de compostos que permitam substituir os atuais pesticidas usados nos pomares de pera e maçã por soluções mais sustentáveis e naturais. Durante o último ano, o consórcio, através do projeto ‘ORCHESTRA’, selecionou quatro algas marinhas encontradas entre Peniche e Viana do Castelo, cujos compostos extraídos mostraram a capacidade para eliminar fungos responsáveis por problemas como a sarna, a moniliose ou a estenfiliose, doenças que causam grandes prejuízos na atividade frutícola da pereira e da macieira. Já foram iniciados ensaios em estufa com outras plantas e, em breve, estes novos fungicidas naturais de origem marinha serão testados em pereiras e macieiras.

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