BF17 - iAlimentar

24 DOSSIER CADEIA DO FRIO facilitar a rastreabilidade contínua e a partilha de dados digitais ao nível do lote, juntamente com ferramentas de análise e visualização de dados para gerir dados complexos, fornecer informações e ajudar a simplificar a tomada de decisões. 1. Rastrear o aprovisionamento de matérias-primas O primeiro e mais importante passo é trabalhar com os fornecedores para implementar a manutenção de registos de rastreabilidade das matérias-primas. Tal inclui identificar as atuais lacunas nos relatórios e tomar medidas para garantir que todos os dados necessários são registados. É crucial saber quais os dados a recolher e como os obter. As empresas devem colaborar com os parceiros da cadeia de abastecimento, fornecer especificações exatas para as matérias-primas e implementar processos de manutenção de registos digitais para as compras. 2. Implementar a identificação ao nível do lote Logo que as matérias-primas forem recebidas no ponto de fabrico, os dados dos fornecedores terão de ser associados ao produto acabado. A tecnologia de impressão de dados variáveis, que utiliza a mais recente tecnologia de códigos 2D, pode incluir informações específicas do lote, tais como números de lote, e torná-las acessíveis através de uma simples leitura. Tal significa que as matérias-primas incluídas em lotes específicos de produtos podem ser rastreadas até ao fornecedor original. Estas informações não só permitirão às marcas reforçar os seus compromissos ambientais para com os consumidores e outras partes interessadas, como também este tipo de dados granulares pode revelar-se muito valioso no caso de uma recolha de produtos, uma vez que o lote de produtos afetado e os fornecedores relacionados podem ser facilmente identificados. 3. Criar uma estratégia de integração de dados Para alguns fabricantes, a simples ligação de um produto a um fornecedor de matérias-primas pode fornecer detalhes suficientes, mas existe potencial para fazer mais. As empresas devem ponderar criar uma estratégia de integração de dados e considerar como desenvolver ou adotar normas para a partilha de dados entre parceiros da cadeia de abastecimento, assim como adotar ferramentas que permitam a partilha e análise de dados. 4. Transformar dados em informações acionáveis Equipadas com um fluxo robusto e fiável de dados dos produtos ao nível do lote, as marcas podem utilizar ferramentas de análise de dados para obterem informações valiosas sobre os produtos à medida que estes percorrem as cadeias de abastecimento e ligá-los ao primeiro quilómetro. A análise de dados vai implicar a comunicação entre vários sistemas, pelo que as empresas devem considerar sistemas de codificação e marcação que permitam a interconectividade entre equipamentos, utilizando os padrões da indústria para rastrear e registar dados em toda a cadeia de abastecimento. 5. Visualizar dados complexos e identificar tendências Indo mais longe, os fabricantes podem utilizar uma gama cada vez maior de ferramentas de visualização avançadas para compreender melhor os dados sobre a cadeia de abastecimento. Os exemplos podem incluir painéis que mostrem a origem geográfica dos materiais e o fluxo de produtos desde o fornecedor de matérias-primas até ao revendedor final. Simplificar os dados desta forma pode ajudar a identificar ineficiências e/ou estrangulamentos e melhorar a tomada de decisões, no sentido de tornar as cadeias de abastecimento mais eficientes. CONCLUSÃO: O PRIMEIRO QUILÓMETRO É A CHAVE PARA UMA CADEIA DE ABASTECIMENTO MAIS EFICIENTE As empresas que se focam apenas na visibilidade do último quilómetro não podem esperar manter os níveis de agilidade, resiliência e conformidade exigidos atualmente. Ao garantir que os produtos podem ser rápida e eficazmente associados à sua origem ou aos fornecedores de matérias-primas, os fabricantes podem constituir uma base para uma cadeia de abastecimento mais eficiente, segura e sustentável, de ponta a ponta, desde o primeiro quilómetro, passando pelas operações de fabrico e de armazenamento, e a jusante, à medida que os produtos passam pelos revendedores e chegam às mãos dos consumidores. A digitalização da cadeia de abastecimento, através de soluções tecnológicas avançadas e de ferramentas digitais, pode fornecer informações detalhadas e comprováveis sobre toda a vida útil de um produto, no sentido de ajudar as organizações a gerir a procura, a simplificar a tomada de decisões, a melhorar a confiança dos consumidores e a garantir a conformidade. n "As empresas que se focam apenas na visibilidade do último quilómetro não podem esperar manter os níveis de agilidade, resiliência e conformidade exigidos atualmente"

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