Num edifício que mantém a traça arquitetónica e que, em 2020, recebeu a classificação de edifício de Interesse Municipal, a Pinhais lança o 'Conservas Pinhais Factory Tour', um Museu-Vivo pioneiro da indústria conserveira, que alia a sua fábrica histórica às suas marcas estratégicas Pinhais e Nuri.
Este é um projeto único no panorama do turismo nacional e internacional, que conta com um investimento de três milhões de euros e proporcionará uma experiência imersiva sobre todas as fases do processo ao vivo.
Delineado para a promoção da comunidade local e do turismo, o projeto da Pinhais, conserveira que no ano passado celebrou o seu centenário, visa contribuir para a preservação e valorização da indústria conserveira de Matosinhos e tem inauguração prevista para outubro.
O objetivo deste projeto passa por promover a singularidade da experiência da Conserveira Pinhais, através de aspetos distintivos como a manutenção do método artesanal e edifício centenário, caraterísticas únicas que lhe conferem um caráter histórico, também indissociáveis do espaço onde se inserem. É neste sentido que o 'Conservas Pinhais Factory Tour' está vocacionado, ou seja, perpetuar um legado e dar a conhecer o património material e imaterial da Pinhais e das suas marcas, das mais antigas às mais notórias.
Todas as visitas ao Museu-Vivo serão guiadas por mediadores culturais, que levarão os visitantes numa viagem ao passado, às raízes da Pinhais e de todas as suas marcas, nomeadamente a mais internacional, a NURI. A visita permitirá conhecer uma das mais antigas fábricas em atividade, conhecendo um espólio diversificado que faz parte da história do processo produtivo artesanal, mergulhar na história da empresa e da indústria conserveira, através de conteúdos digitais exclusivos, e participar no processo de empapelamento (embrulhar as latas segundo as técnicas das artesãs da empresa).
O tour culminará numa das salas mais imponentes do edifício, com uma prova das iguarias da Pinhais e ainda na loja, onde se encontram conservas e artigos de colecionador.
Visitar a 'Conservas Pinhais Factory Tour' será uma experiência para todas as faixas etárias e é nesse sentido que o projeto tem sido desenvolvido, para ser inclusivo.
Com particular interesse para a comunidade local, até pelo impacto histórico que a Pinhais tem no município, assume-se também como ponto de interesse para a comunidade estrangeira. Se por um lado trata-se de mostrar um legado único de uma indústria muito importante para a Europa, sobretudo durante as duas Grandes Guerras, tendo um impacto socioeconómico muito relevante, por outro pretende evidenciar algo único, autêntico e diferenciador, que um visitante procura quando visita novos países.
Além do turismo cultural e histórico, o projeto associa o turismo gastronómico, principal motivo de visita de muitos turistas à região e, dada a presença da Pinhais em diversos mercados internacionais, é esperado ainda interesse de mercados como o austríaco e norte-americano, mas também o espanhol, francês, alemão e italiano.
“Este projeto que nos permite a comunicação da nossa cultura e herança conserveira é um sonho concretizado para o mais precioso dos nossos ativos, as pessoas que aqui trabalharam desde sempre e que compõem a família Pinhais. É também uma homenagem às diferentes gerações da mesma família que marcam o percurso da empresa nos últimos cem anos. Tudo na Pinhais respira autenticidade, tradição e qualidade, desde o edifício histórico, passando pelo método de produção (que se traduz em conservas inigualáveis) e culminando no mais importante, a família das Conservas Pinhais nos seus 146 colaboradores que dominam e preservam vivo um processo artesanal praticamente extinto no mundo”, refere Patrícia Sousa, diretora de marketing da Pinhais.
A responsável acrescenta que “queremos proporcionar uma experiência diferenciadora, única e sustentada numa tradição centenária. Preservar a memória e legado da indústria, partilhar as origens, processos, histórias e pessoas por trás das nossas marcas, são os grandes objetivos na base deste projeto. Por estes motivos, consideramos que este conceito de Museu-Vivo só faz sentido existir na Pinhais que, além do espólio, arquitetura e filosofia, se orgulha de manter em pleno século XXI um método tradicional raro em toda a sua produção, representando a génese do setor, tal como era há 100 anos”.
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